Os 13 episódios da primeira temporada do podcast do Projeto Ngawehtu, produzidas por alunas do Cefet, estão disponíveis nas principais plataformas de áudio.
Entra no ar, no dia 9 de janeiro, o podcast do Projeto Ngawehtu, apoiado pelo Programa Bolsa de Complementação Educacional (BCE). A primeira temporada, que tem 13 episódios, conta a história da África do Sul e de Nelson Mandela. As alunas bolsistas do Cefet, Maria Clara dos Santos, do curso de Estradas, e Graziele Soares Menezes, de Hospedagem, são as responsáveis pela execução.
Em pauta nos episódios, a invasão da África do Sul por portugueses, britânicos e holandeses; a vida particular de Mandela; sociedade, turismo, cultura, saúde e educação no país da África austral; o que é o apartheid e como esse sistema racista surgiu; as lutas travadas pela liberdade do povo negro; os 11 idiomas oficiais do país e a implantação e a aplicação da Lei nº 10.639/03, que estabelece a obrigatoriedade do ensino da história e cultura afro-brasileiras e africanas no país.
Foram sete meses de leitura, pesquisa, elaboração de perguntas, entrevistas, redação de textos para divulgação no Instagram e locução e edição de áudio para o podcast.
“A gente conta um pouco sobre a história de Nelson Mandela e de outros líderes também durante a época do apartheid; estudamos sobre a África do Sul e sobre questões raciais”, resumiu Graziele. Já Maria Clara destacou o contato com os entrevistados e o aprendizado. “Eu acredito que o projeto agregou tanto na vida profissional quanto no pessoal e, por meio dele, podemos aprender a nos comunicar, lidar com diversos tipos de pessoas e adquirir um conhecimento mais amplo do continente africano, que não é tão valorizado quanto deveria ser”, constatou.
O orientador é o servidor técnico-administrativo, Nelson Nunes. “A ideia era falar sobre algum país do continente africano e a África do Sul, com sua história particular de colonização e luta atrelada à história de Nelson Mandela, um dos maiores personagens do século XX, ainda é pouco conhecida no Brasil. Se conhecêssemos os países africanos como conhecemos a história dos Estados Unidos ou de alguns países europeus, evitaríamos o racismo, a burrice e a xenofobia proferidos inúmeras vezes quando o assunto é a África”, observou.
Os entrevistados também foram 13: a escritora sul-africana Futhi Ntshingila; o cônsul-adjunto do Consulado-Geral do Brasil na Cidade do Cabo Luiz Felipe Vilela; a engenheira de produção Stephany Marques; a pedagoga do CEFET-MG Edna Vieira; a professora Ana Júlia Pacheco; a crítica de cinema Yasmine Evaristo; a pesquisadora Marcella Granatieri; o professor e escritor Pablo de Rezende Braga; a professora Nathaly Schutz; a jornalista Paola Prandini; a professora Vívian Stefanne; o correspondente internacional Vinícius Assis, e a diretora de marketing da agência de turismo Viin África, Letícia Moraes.
Ngawethu significa “é nosso” ou “para nós”. A origem é do idioma Xhosa. Nas manifestações, muitas vezes, os presentes gritam “amandla”, que significa “poder” e em seguida complementam com “ngawethu”. A frase quer dizer “poder ao povo”. No caso, poder ao povo preto da África do Sul.
Acompanhe o Projeto Ngawehtu e ouça os episódios do podcast:
Lista dos episódios:
- A história e a cultura afro-brasileira e africana são realmente ensinadas no Brasil?
- A África do Sul antes da invasão europeia
- Como foi a colonização na África do Sul
- Nelson Mandela: a família e a vida pessoal do guerreiro da liberdade
- O que é e como surgiu o apartheid na África do Sul
- Como foi a luta contra o apartheid sul-africano
- Quem foram os nomes, além de Mandela, na luta contra o apartheid
- Conhecendo o turismo na África do Sul
- Como funcionam a educação e a saúde na África do Sul
- Um panorama artístico e cultural da África do Sul
- Esporte e eventos esportivos na África do Sul
- A África do Sul contemporânea e os resquícios do apartheid
- África do Sul e Brasil: diversidade, riqueza e desigualdade
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