Proclamação da República e o fim da monarquia no Brasil

"Proclamação da República", 1893, óleo sobre tela de Benedito Calixto (1853-1927). Acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo.

Antes da Proclamação da República, muitos outros movimentos tentaram destituir a monarquia no Brasil.

A Proclamação da República Brasileira foi um golpe de Estado político militar. Aconteceu no dia 15 de novembro de 1889. A monarquia constitucional parlamentarista do Império acabou e o então chefe de estado, imperador D. Pedro II foi deportado.

A proclamação ocorreu na Praça da Aclamação (atual Praça da República), no Rio de Janeiro, então capital do Império do Brasil. Liderados pelo marechal Manuel Deodoro da Fonseca, os militares destituíram o imperador. Foi então instituído um governo provisório republicano, que se tornaria a Primeira República Brasileira.

Mas este não foi o primeiro movimento para acabar com a monarquia brasileira, embora tenha sido o único efetivamente bem-sucedido. Segundo algumas versões, teria contado com apoio tanto das elites nacionais e regionais quanto da população de um modo geral.

Em 1789, Inconfidência Mineira não buscava apenas a independência, mas também a proclamação de uma república na Capitania de Minas Gerais, seguida de uma série de reformas políticas, econômicas e sociais.

Outro movimento aconteceu em 1817, através da Revolução Pernambucana — único movimento separatista do período colonial que ultrapassou a fase conspiratória e atingiu o processo revolucionário de tomada do poder — Pernambuco teve governo provisório por 75 dias.

“Proclamação da República”, 1893, óleo sobre tela de Benedito Calixto (1853-1927). Acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo.

Anos mais tarde, em 1824, Pernambuco e outras províncias do Nordeste brasileiro (territórios que pertenceram outrora à província pernambucana) criaram o movimento independentista conhecido como Confederação do Equador, igualmente republicano, considerado a principal reação contra a tendência absolutista e a política centralizadora do governo de D. Pedro I.

Já em 1839, na esteira da Revolução Farroupilha, proclamaram-se a República Rio-Grandense e a República Juliana, respectivamente no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.

Todos estes movimentos tinham uma coisa em comum: a insatisfação com a monarquia brasileira.

Motivos da queda

O imperador D. Pedro II não tinha filhos, apenas filhas. Por isso o trono seria ocupado, após a sua morte, por sua filha mais velha, a princesa Isabel, casada com um francês.

Gastão de Orléans, Conde d’Eu, tinha fama de arrogante, não ouvia bem, falava com sotaque francês. Além de tudo, era dono de cortiços no Rio, pelos quais cobrava aluguéis exorbitantes de gente pobre.

Temia-se que, quando Isabel subisse ao trono, ele viesse a ser o governante de fato do Brasil, o que gerava o receio em parte da população de que o país fosse governado por um estrangeiro.

Muitos outros foram os fatores que levaram o Império a perder o apoio de suas bases econômicas, militares e sociais.

Da parte dos grupos conservadores pelos sérios atritos com a Igreja Católica (na “Questão Religiosa”); pela perda do apoio político dos grandes fazendeiros em virtude da abolição da escravatura, ocorrida em 1888, sem a indenização dos proprietários de escravos.

Da parte dos grupos progressistas, havia a crítica que a monarquia mantivera, até muito tarde, a escravidão no país.

Assim, ao mesmo tempo em que a legitimidade imperial decaía, a proposta republicana – percebida como significando o progresso social – ganhava espaço.

Resultado é que após vários movimentos isolados, foi finalmente declarada a Proclamação da República.

Fonte: Wikipédia

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