Objetivo é estabelecer uma escolha consciente para renovar parque de computadores, veja se é hora de trocar o seu computador.
O computador é um importante instrumento de trabalho, bastante útil no cotidiano de pessoas e empresas. Ele pode ser essencial para a produção de planilhas para controle de despesas, compras e gerenciamento, ou até mesmo para sistemas de segurança, automação de produção e outras várias aplicações.
Diante disso, a grande pergunta é: está na hora de trocar o seu computador? A pesquisa “Escolha sustentável ao definir o momento de renovar um parque de computadores”, desenvolvida pelo professor do CEFET-MG Nestor Volpini, busca as respostas. A necessidade de se renovar um parque computacional, segundo o pesquisador, se dá sempre que aqueles não são capazes de realizar a tarefa que lhes é designada, em um determinado tempo.
“Muitas vezes, o que se transforma em um ‘gargalo’ não necessariamente passa pela CPU (Central Processing Unit, um chip responsável pelo processamento de dados, que funciona como o ‘cérebro’ do equipamento) do computador, e a troca do parque nem trará tantos benefícios se a mesma for realizada visando apenas isso. Atualmente, acrescentar memória de processamento e trocar o dispositivo de armazenamento pode atender bem às necessidades de um dado parque computacional”, explica Nestor.
Por outro lado, de acordo com o professor, sempre compensa atualizar computadores se a mudança promove uma diminuição significativa no consumo de energia, que além de ganhos financeiros é bom para o meio ambiente. Também é interessante contar com novas tecnologias, por exemplo, as NPUs (Unidades de Processamento Neural), hardwares indispensáveis para a Inteligência Artificial.
O estudo busca para investigar tecnicamente o melhor momento, considerando inovações e desempenho de CPUs ao serem lançadas, para estabelecer o momento de trocá-las, visando sempre estabelecer uma escolha consciente. “Também avaliamos a competição entre grandes fabricantes no mercado e seus diferenciais em tecnologia, buscando vantagens e maneiras de favorecer uma compra que atenda à demanda requerida, em função de vários perfis de consumidores”, resume Nestor.
O pesquisador explica que, no cenário atual, coletamos e processamos gigantescos volumes de dados com a pretensão de aumentá-los ainda mais. Temos, por exemplo, a Internet das Coisas e a Inteligência Artificial que impactam na demanda por computadores cada vez mais potentes. Mas, por outro lado, o computador é fabricado para ser um equipamento robusto, quando bem utilizado terá uma vida útil considerável.
Nestor alerta que a indústria de processadores promove lançamentos de novidades que prometem melhoria, mas que nem sempre se justificam pelo preço que custará trocar um computador de determinada geração por computadores que na verdade podem oferecer melhorias que não são tão significativas. “Esse movimento hoje tem impacto sobre diversas questões ambientais, que perpassam o lixo eletrônico, com muitas vezes descarte inadequado, baixo índice de reciclagem e quando consideramos ambientes corporativos, uma troca constante de parques computacionais, que muitas vezes não têm necessidade imediata”.
O estudo colabora com a sociedade, portanto, quando se minimiza o desperdício de hardware (equipamento), promovendo consumo consciente. “Também fica sob investigação o ‘mito’ da obsolescência programada e também consideramos fatores econômicos, uma vez que conseguimos economizar sempre que seja possível dar sobrevida a esses computadores”, explica.
Atualmente, o projeto é desenvolvido também pelo aluno da graduação de Engenharia de Computação do campus Divinópolis César Henrique Resende e pela aluna do curso Técnico em Informática de Contagem Mel Raposeiras.