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Duelo reedita confronto de Mundial anterior, vencido pelos brasileiros. Veja mais sobre o 1º jogo da seleção na Copa do Mundo 2022.

A caminhada do Brasil em busca do hexa começa nesta quinta-feira (24). A partir das 16h (horário de Brasília), a seleção de Tite mede forças com a Sérvia, no Estádio de Lusail, pela primeira rodada do Grupo G da Copa do Mundo.

Brasileiros e sérvios se reencontram em uma Copa do Mundo quatro anos após se enfrentarem na primeira fase da edição anterior, na Rússia. Na ocasião, a equipe canarinho venceu por 2 a 0, com gols do zagueiro Thiago Silva (que faz parte da atual seleção) e do volante Paulinho.

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Os europeus, por sua vez, levaram a melhor na final do Campeonato Mundial sub-20 de 2015 (Nova Zelândia). A Sérvia ganhou por 2 a 1, na prorrogação (o meia Andreas Pereira marcou para os brasileiros). Do elenco campeão há sete anos, sete atletas estão no time que viajou ao Catar, entre eles os meias Sergej Milinkovic-Savic (eleito o terceiro melhor jogador do torneio) e Nemanja Maksimovic (autor do gol do título). Já o Brasil teve como titular o atacante Gabriel Jesus, chamado por Tite.

A goleada por 5 a 1 sobre a Tunísia, no Parque dos Príncipes, em Paris (França), no último dia 27 de setembro, deu números finais ao ciclo de preparação da seleção brasileira, iniciado em 7 de julho de 2018, um dia após a derrota por 2 a 1 para a Bélgica, pelas quartas de final da Copa da Rússia. Foram 37 vitórias, dez empates e três revezes, com 80,6% de aproveitamento e um título, da Copa América de 2019, conquistado em solo verde e amarelo.

Tite observou 87 jogadores no ciclo, sendo que 63 foram a campo. Foi na reta final da caminhada rumo ao Catar, porém, que o técnico brasileiro chegou à conclusão do time ideal (ou algo próximo disso), com a aposta na juventude de nomes como o meia Lucas Paquetá e dos atacantes Vinícius Júnior, Raphinha, Antony e Rodrygo, sob a batuta de Neymar, no terceiro Mundial da carreira do craque.

Em entrevista coletiva na última quarta-feira (23), Tite evitou confirmar a escalação que mandará a campo nesta quinta, mas deixou claro que as variações táticas são aquelas conhecidas do torcedor. A principal dúvida é se o técnico escalará o meio-campo com Fred junto de Casemiro e Paquetá (como fez na maior parte dos últimos jogos) ou se repetirá a estratégia adotada na vitória por 3 a 0 sobre Gana, em Le Havre (França), no último dia 22 de setembro, com Neymar no papel de principal articulador de jogadas e um trio ofensivo à frente, com Vinícius Júnior titular ao lado de Raphinha e Richarlison.

O provável Brasil terá: Alisson; Danilo, Marquinhos, Thiago Silva e Alex Sandro; Casemiro, Lucas Paquetá e Neymar; Vinícius Júnior (Fred), Richarlison e Raphinha. Deles, apenas Alisson, Danilo, Thiago Silva, Casemiro e Neymar já atuaram em uma Copa do Mundo. Marquinhos foi convocado em 2018, mas ficou no banco.

Na Sérvia, o técnico Dragan Stojkovic confirmou que terá Alexsandar Mitrovic à disposição, recuperado de uma contusão no pé sofrida no fim de outubro. O atacante do Fulham (Inglaterra) é a maior aposta ofensiva do time europeu, com nove gols em 12 jogos na temporada. O treinador, porém, admitiu que Filip Kostic é dúvida, já que o meia ainda não está 100% recomposto de uma lesão que sofreu defendendo a Juventus (Itália).

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Assim, a equipe sérvia deve ir a campo com: Vanja Milinkovic-Savic; Nikola Milenkovic, Milos Veljkovic e Strahinja Pavlovic; Andrija Zivkovic, Nemanja Gudelj, Sergej Milinkovic-Savic, Filip Mladenovic e Dusan Tadic; Alexsandar Mitrovic e Dusan Vlahovic.

Além da Sérvia, o Brasil terá Suíça e Camarões pela frente no Grupo G. Os outros integrantes da chave também jogam nesta quinta, mas a partir das 7h, no Estádio Al Janoub, na cidade de Al Wakrah.

Sérvia volta a encontrar Brasil em uma Copa do Mundo; Equipe do país balcânico encara a seleção brasileira pela sexta vez.

Brasil x Servia Copa do Mundo 2022
Foto de Lucas Figueiredo / CBF / Direitos reservados / Agência Brasil

Que a Sérvia é a primeira adversária do Brasil na Copa do Mundo, isso todos já sabem. Para ONU, Fifa e COI a Sérvia é a herdeira direta das participações da antiga Iugoslávia (fragmentada em 1992) em Copas e Olimpíadas. A Organização das Nações Unidas considera que toda vez que um país se divide, aplica-se um princípio do direito internacional chamado sucessão de Estados. Assim, as federações esportivas transferem o histórico competitivo para o país herdeiro. Ou seja, será a sexta vez em que brasileiros e sérvios (ou iugoslavos) jogarão uma partida de Copa do Mundo.

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As ocasiões anteriores foram em 1930, 1950, 1954, 1974 (todas como Iugoslávia, que utilizava uma camisa azul escura) e 2018 (já como Sérvia, que utiliza um uniforme vermelho). Foram duas vitórias brasileiras, dois empates e uma única derrota. Agora, no Catar, a Sérvia tem a oportunidade de igualar as estatísticas do confronto e crê no futebol de um jovem de 22 anos, o atacante Dušan Vlahović, da Juventus (Itália), maior destaque do time e que não estava no elenco que enfrentou o Brasil na Copa do Mundo da Rússia, há quatro anos.

Por sua vez, o técnico Tite pode colocar em campo novamente cinco jogadores que participaram daquela vitória brasileira por 2 a 0 em Moscou: Alisson, Thiago Silva, Casemiro, Gabriel Jesus e Neymar.

Em 1950, no Maracanã, o Brasil também venceu por 2 a 0, diante de mais de 142 mil torcedores. Quatro anos depois empatou em 1 a 1 na Copa da Suíça, e em 0 a 0 na abertura do Mundial da Alemanha (1974), no gramado encharcado de Frankfurt (Alemanha).

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A única derrota da seleção canarinho para os balcânicos ocorreu na primeira partida do Brasil na história das Copas: Iugoslávia 2 a 1, em Montevidéu (Uruguai). Os brasileiros, naquela época, foram representados apenas por jogadores de times do Rio de Janeiro, já que os paulistas não liberaram seus craques para a CBD.

“O seu keeper [goleiro] Mihajlovic foi uma barreira tremenda para os nossos forwards [atacantes]. Em verdade, o keeper de Belgrado venceu quase que sozinho o onze [a equipe] do Brasil”, escreveu naquela oportunidade o Diário da Noite.

Curiosamente, no regresso dos iugoslavos à Europa, o navio atracou no Rio de Janeiro e houve um novo jogo entre as duas seleções. Os brasileiros, ainda sem os paulistas, golearam, na “revanche”, por 4 a 1 nas Laranjeiras.

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É também a antiga Iugoslávia que marcou mais gols em uma partida contra a seleção brasileira na história nas Copas, superando, inclusive, o 7 a 1 da Alemanha no estádio do Mineirão. Após ser eliminado da Copa do Mundo da Itália (1934), o Brasil decidiu fazer alguns amistosos pelo Velho Continente. Melhor que não o fizesse. No dia 3 de junho, em Belgrado, os iugoslavos deram de 8 a 4 no escrete. O goleiro Roberto Gomes Pedrosa (futuro dirigente e nome de torneio nos anos 1960) levou todos os oito gols. Naquela tarde devidamente esquecida, o Brasil jogou com: Pedrosa; Luiz Luz e Sylvio Hoffmann; Ariel, Martim e Canalli; Leônidas da Silva, Luizinho, Armandinho (Carvalho Leite), Patesko e Waldemar de Britto.

Apesar de o selecionado brasileiro não representar, nem de longe, a nossa força máxima, esperava-se que os nossos patrícios fizessem uma boa exibição, o que infelizmente não aconteceu”, sintetizou o jornal O Globo um dia após a partida.

Fonte Agência Brasil

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