Morre, aos 76 anos, o físico britânico Stephen Hawking

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O físico e pesquisador britânico morreu, nesta quarta-feira, 14 de março, em sua casa na Inglaterra. 

A morte foi comunicada por sua família à imprensa inglesa. “Estamos profundamente tristes pela morte do nosso pai hoje”, disseram seus filhos Lucy, Robert e Tim. “Era um grande cientista e um homem extraordinário, cujo trabalho e legado viverão por muitos anos”, afirmaram em um comunicado. A causa da morte ainda não foi divulgada.

No final da década de 1960 ficou conhecido mundialmente pela sua teoria da singularidade do espaço-tempo, aplicando a lógica dos buracos negros a todo o universo. Ele detalhou o tema ao público em geral no livro “Uma breve história do tempo”, best-seller lançado em 1988.

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O físico parecia realmente destinado à ciência, uma vez nasceu exatamente 300 anos após a morte de Galileu, em em 8 de janeiro de 1942, e morreu na mesma data do nascimento de Albert Einstein (14 de março de 1879).

Esclerose lateral amiotrófica (ELA)

O físico superou uma série de obstáculos e desafiou várias vezes diagnósticos médicos. Ele não nasceu paralisado. Caçula de quatro irmãos, sempre foi precoce e com 17 anos ganhou uma bolsa para estudar física na Universidade de Oxford. Apesar de não ter sido um aluno excepcional durante a graduação, ele conseguiu ser aceito no mestrado da Universidade de Cambridge.

Foi durante o mestrado que o jovem físico percebeu que estava ficando desastrado, derrubando objetos e caindo constantemente.

Foi então diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica (ELA), uma doença incurável que leva à perda de movimentos. A expectativa de vida era de três anos. 

Em 1970 ele parou de andar, seus movimentos ficaram debilitados de tal forma que o físico encontrou na cadeiras de rodas a única saída para continuar se locomovendo. Nos anos seguintes sua saúde piorou muito.

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 Em 1985, durante uma viagem ao CERN, na Suíça, ele pegou uma pneumonia. Hawking ficou tão debilitado que os médicos cogitaram a possibilidade de desligar os aparelhos que garantiam sua vida. A solução foi uma cirurgia de traqueostomia (abertura de um orifício na traqueia e na colocação de um tubo para passagem de ar).

A cirurgia foi um sucesso, mas Hawking nunca mais falou. Foi a partir desse ano que o físico começou a usar a voz eletrônica para se comunicar, o que acabou virando sua marca registrada.

Nos anos seguintes a doença foi deixando o físico cada vez mais debilitado, mas sua ele nunca desacelerou sua carreira.

A maioria das pessoas com ELA – também conhecida como doença de Lou Gehrig, são diagnosticadas após os 50 anos e morrem dentro de cinco anos. A condição de Hawking foi diagnosticada pela primeira vez quando ele tinha 21 anos, e ninguém esperava que ele fosse comemorar seu 25º aniversário. Mas ele desafiou os diagnósticos durante toda vida, sobrevivendo até 76 anos

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Em 2014 sua história de vida foi contada no filme “A teoria de tudo”, consagrando o ator Eddie Redmayener, que o interpretou, com o Oscar de melhor ator.

Confira o trailer do filme “A teoria de tudo“.