
O diabetes é silencioso e quando os sinais mais evidentes aparecem, já estar em estágio mais avançado. A doença pode desencadear outras complicações no organismo e acomete pessoas de todas as idades.
Nesta sexta-feira, 18, foi realizada a primeira reunião para elaboração de Projeto para implantação do Centro de Referência Municipal para Tratamento Integral do Diabético.
De acordo com o Secretário Municipal de Saúde, Armando Fortunato Filho, esta iniciativa vêm ao encontro do anseio da população varginhense. A elaboração do projeto contará com a participação dos médicos endocrinologistas da rede SUS e equipe administrativa da SEMUS.
Entenda a doença
O diabetes é silencioso e quando os sinais mais evidentes aparecem, já estar em estágio mais avançado. A doença pode desencadear outras complicações no organismo e acomete pessoas de todas as idades.
A obesidade, a má alimentação e o sedentarismo, triplicaram o número de casos da doença em três décadas, de acordo com a OPAS – Organização Pan-Americana da Saúde).
A doença se caracteriza por aumento glicêmico secundário a secreção deficiente de insulina pelas células beta pancreáticas, resistência periférica a ação da insulina ou ambas.
De 35 a 50% dos diabéticos tipo 2 são assintomáticos ou apresentam poucos sintomas. Isso leva a um diagnóstico tardio e com isso, a possibilidade de já haver complicações quando se constata a doença.
Habitualmente surge após os 40 anos de idade. Mas pode acometer todas as idades. A obesidade está presente em aproximadamente 80% das pessoas que desenvolvem a doença e é uma importante causa. Sua associação com outros fatores de risco para doenças cardiovasculares chega a 90%.
Nosso corpo tem um complexo controle energético. Quando nos alimentamos esses nutrientes são absorvidos. Parte é gasta na digestão e ação das células durante essa disponibilidade nutricional e outra parte é armazenada nos nossos músculos, fígado e tecido adiposo para ser disponibilizada durante o jejum.
Quando medimos nossa glicemia em jejum pela manhã, não dá zero, mesmo estando até 12 horas sem se alimentar. Isso ocorre porque nosso corpo produz glicose. Ele usa essas reservas durante o jejum. A insulina é parte do nosso controle energético. É como se fosse o “porteiro” das nossas células.
Ela guarda o nutriente quando tem muito no sangue e na sua ausência, esse nutriente retorna ao sangue, deixando os estoques e virando energia.
Quando desenvolvemos o diabetes, todo esse sistema “entra em colapso”. Nossa insulina não consegue mais ter sua ação nos músculos e no tecido adiposo (principalmente).
Não conseguindo “guardar” esse excesso de nutriente que está no sangue, o pâncreas, que é estimulado pela presença da glicose no sangue, começa a liberar muita insulina. Em um primeiro momento compensa a resistência insulínica, porém ele não consegue manter essa super produção por muito tempo e começa a produzir cada vez menos.
Durante esse processo nossas células não estão “recebendo comida”, já que a insulina não consegue colocar o nutriente dentro da célula. Então nossos hormônios contrarreguladores (que fazem o oposto a insulina) começam a ser estimulados, fazendo com que a gordura que estava armazenada no tecido adiposo seja “jogada” no sangue e usada como energia, levando a um aumento dos lipídeos sanguíneos.
Nosso fígado começa a produzir mais glicose, já que nossas células estão passando fome, levando a um aumento ainda maior da glicose sanguínea.
Também ocorrem alterações intestinais, renais e neurais. Tudo na tentativa de reestabelecer o fornecimento energético para nossas células.
Todos esses nutrientes liberados no sangue são “tóxicos” e começam a gerar lesões nos nossos vasos e neurônios. Aumentando o risco de morte. Então caso você já possua a doença, não negligencie seu tratamento!
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