O valor da cesta básica em Varginha corresponde a 38,28% do salário mínimo líquido.
Após três meses de diminuição e estabilidade de preços, o Índice da Cesta Básica de Varginha (ICB-CEPI/UNIS) voltou a aumentar. Entre os meses de setembro e outubro teve uma inflação de 3,42%.
Em outubro o valor da cesta básica nacional de alimentos para o sustento de uma pessoa adulta em Varginha é de R$335,97. Esse valor corresponde a 38,28% do salário mínimo líquido.
Desta forma, o trabalhador que recebe um salário mínimo mensal precisa trabalhar 77 horas e 29 minutos por mês para adquirir essa cesta de alimentos.
Alimentos mais caros
Entre setembro e outubro, dos 13 produtos oito apresentaram alta:
– tomate
– batata
– banana
– arroz
– óleo de soja
– farinha de trigo
– carne bovina
– pão francês.
A diminuição na oferta e as chuvas impactaram o volume e qualidade de alguns produtos hortifrutigranjeiros, principalmente o tomate, o que ajuda a explicar esse aumento expressivo.
Alimentos mais baratos
Do outro lado da balança, cinco produtos apresentaram queda em seus preços médios: – – – feijão
– leite integral
– manteiga
– café em pó
– açúcar.
O aumento da oferta e a diminuição da demanda, essa última em menor intensidade, explicam a queda nos preços desses produtos, especialmente do leite integral, o que impacta diretamente na manteiga que é um dos seus derivados.
A pesquisa
A coleta de preços para o cálculo do índice é realizada na segunda semana de cada mês nos principais supermercados da cidade.
O Grupo Unis e a ACIV (Associação Comercial, Industrial Agropecuária e Serviços de Varginha) são responsáveis pela pesquisa que aponta o valor da cesta básica de Varginha.
“Mais uma vez a pesquisa permitiu verificar que os preços continuam sendo mais influenciados pelos comportamentos da oferta e dos custos do que pela dinâmica da demanda. Isso é explicado pelo baixo nível de crescimento econômico e alto índice de desemprego que contribuem para um consumo ainda enfraquecido. Acredita-se que essa tendência deva continuar pelos próximos meses”, concluiu o Prof. Dr. Pedro dos Santos Portugal, coordenador do estudo.
Para ter acesso à pesquisa, clique aqui.
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