
Os caminhoneiros firmaram um acordo com a Polícia Militar para liberar um caminhão de combustível para abastecer a PM, Bombeiros e Samu em Varginha.
O acordo dos caminhoneiros com a polícia visa manter funcionando serviços de saúde e segurança essenciais para a população. O caminhão com o combustível foi escoltado pela PM para manter segurança e garantir que chegará ao seu destino.
Este tipo de atitude mostra que o movimento dos caminhoneiros não quer prejudicar o país e sim mostrar a importância de lutar pelos direitos.
“Queremos mobilizar toda a nação brasileira. A luta começou com os caminhoneiros, mas é de toda a população. O Brasil precisa voltar para os trilhos, por isso queremos chamar a população brasileira para resolvermos todos juntos”, afirma Willian Hara Ribeiro, caminhoneiro e um dos líderes do movimento na região.
A decisão pela continuidade do movimento de forma pacífica é em comum acordo entre os caminhoneiros autônomos. A Abcam – Associação Brasileira dos Caminhoneiros – fez um comunicado pedindo a retirada das interdições nas rodovias, mas, mantendo as manifestações de forma pacífica, sem obstrução das vias.
A preocupação é com a segurança dos motoristas, principalmente depois que o presidente Michel Temer comunicou que acionaria as forças nacionais para desobstruir as estradas.
De acordo com Willian, os agentes da Força Nacional estão orientando sobre como proceder e ajudando os grevistas, tudo de maneira tranquila e organizada.
“Vamos continuar parados. Contamos com o apoio da população. Recebemos ajuda com alimentos, água nos pontos de paralisação”, comenta Willian.
A paralisação continua
A Abcam (Associação Brasileira dos Caminhoneiros) não aceitou o acordo proposto pelo Governo Federal, por isso os motoristas de caminhão autônomos continuam a paralisação.
Veja na íntegra a nota divulgada pela Abcam:
“Após o pronunciamento do presidente da República, Michel Temer, no início da tarde desta sexta-feira, 25, a Associação Brasileira dos Caminhoneiros – Abcam, preocupada com a segurança dos caminhoneiros envolvidos, vem publicamente pedir que retirem as interdições nas rodovias, mas, mantendo as manifestações de forma pacífica, sem obstrução das vias.
Já mostramos a nossa força ao Governo, que nos intitularam como minoria. Conseguimos parar 25 estados brasileiros com mais de 504 interdições.
Vale lembrar que a Abcam continua sem assinar qualquer acordo com o Governo e mantém o pedido de retirada do PIS/Cofins sobre o óleo diesel.
A culpa do caos que o país se encontra hoje é reflexo de uma manifestação tardia do presidente Michel Temer, que esperou cinco dias de paralisações intensas da categoria. Estamos desde outubro do ano passado na expectativa de sermos ouvidos pelo Governo. Emitimos novo alerta no dia 14 de maio, uma semana antes de iniciarmos os protestos.
É lamentável saber que mesmo após tanto atraso, o presidente da República preferiu ameaçar os caminhoneiros por meio do uso das forças de segurança ao invés de atender às necessidades da categoria.
Sendo assim, nos resta pedir a todos os companheiros que desobstruam as rodovias e respeitem o decreto presidencial.
JOSÉ DA FONSECA LOPES
Presidente da ABCAM”.
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