Transexualidade e Nome Social serão temas abordados na 12ª Semana da Diversidade e 13ª Parada do Orgulho LGBT que acontece este fim de semana em Alfenas.
A 13ª Parada Gay de Alfenas, acontecerá no próximo domingo (1º de Julho). O evento é organizado pelo Movimento Gay de Alfenas – MGA, ONG que completou 18 anos de luta em 2018.
O tema da Parada deste ano é: “Meu nome, minha identidade“, colocando em foco as diferenças existentes entre a mudança de nome no registro civil e o uso do nome social por transexuais, além de abordar os direitos assegurados à população de lésbicas, gays, bissexuais e transexuais.
A Parada Gay de Alfenas é destinada à todos(a) que são lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros e para quem tem respeito pelas as escolhas das pessoas.
Data: 1º de Julho de 2018, Domingo, às 13:00h
Local: Praça Getúlio Vargas – Alfenas/MG
Sander Simaglio, fundador e atual presidente da ONG explica o motivo pelo qual o MGA abordou dois anos consecutivos a questão da transexualidade.
As pessoas LGBT fazem parte de um dos grupos vulneráveis que sofre as maiores violências no nosso país. O Brasil possui o infeliz título de campeão mundial de assassinatos de pessoas travestis e transexuais por motivo de ódio, segundo dados da ong Transgender Europe. Precisamos, de alguma forma, contribuir para diminuir esses números, diz Sander.
Os dados de agressões e violências contra pessoas LGBT podem ser ainda maiores, já que em muitos casos não são nem mesmo reportados. A luta por dignidade, direitos iguais e respeito tem se fortalecido. Uma dentre as muitas demandas, está o direito de uso do nome social.
Para Simaglio, o não reconhecimento do direito dos transexuais à troca de prenome e sexo correspondente à sua identidade de gênero viola preceitos fundamentais da Constituição como os princípios da dignidade da pessoa humana, a vedação à discriminação odiosa, a igualdade, a liberdade e a privacidade.
O reconhecimento do nome social é um direito conquistado, especialmente por pessoas travestis e transexuais, que lutam, dentre outras coisas, contra o constrangimento de ser chamado pelo nome que representa um gênero com o qual a pessoa não se identifica.
Muitas pessoas enfrentam por anos não apenas a luta contra o preconceito, mas também uma luta pelo desenvolvimento livre e respeitoso da própria identidade. Permanecer sendo chamadas por um nome que não lhes representa implica em grandes prejuízos psicoemocionais e sociais à estes indivíduos.
