Polícia Federal realiza operação em Pouso Alegre e Poços de Caldas

Outras cidades mineiras, da Bahia e de São Paulo também tiveram operações da Polícia Federal de prisão, busca e apreensão

Operação da PF
Polícia Federal realiza operação no Sul de Minas
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A Polícia Federal, com o apoio do Ministério do Trabalho, realizou na manhã de terça-feira, 6/2, a Operação “Canaã – A Colheita Final”.

Foram cumpridos 22 mandados de prisão preventiva, 17 mandatos de interdição de estabelecimentos comerciais e 43 mandatos de busca e apreensão contra líderes de uma seita religiosa. No Sul de Minas as ações aconteceram em Pouso Alegre e Poços de Caldas.

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As acusações são de imposição de condição análoga à de escravo, tráfico de pessoas, estelionato, organização criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

Desenvolvida com a participação do Grupo Especial de Fiscalização Móvel do M.T.E, a investigação aponta que dirigentes da seita religiosa teriam aliciado pessoas em sua igreja em São Paulo/Capital, convencendo-as a doarem todos os seus bens para as associações controladas pela organização criminosa.

Depois de  os fiéis teriam sido levados para Minas Gerais (Contagem, Betim, Andrelândia, Minduri, Madre de Deus, São Vicente de Minas, Pouso Alegre e Poços de Caldas), na Bahia (Ibotirama, Luiz Eduardo Magalhães, Wanderley e Barra) e em São Paulo (Capital).

Nestes locais teriam sido submetidos a extensas jornadas de trabalho, sem nenhuma remuneração, em lavouras e em estabelecimentos comerciais dos mais variados tipos, como oficinas mecânicas, postos de gasolina, pastelarias, confecções etc.

A seita estaria expandindo seus empreendimentos para Tocantins, baseados na exploração ilegal.  A investigação da Polícia Federal teve início em 2011, quando a seita estava migrando de São Paulo para Minas Gerais.

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Em 2013, foi realizada a “Operação Canaã”, com inspeções em propriedades rurais e empresas urbanas. Em 2015, foi desencadeada sua segunda fase: “De volta para Canaã”, quando foram presos temporariamente cinco dos líderes da seita.

A operação de terça-feira da representa a terceira fase da Operação, com a prisão preventiva de 22 líderes da Seita, que poderão cumprir até 42 anos de prisão, se condenados. O nome da Operação é uma referência bíblica à terra prometida.

Participam da Operação 220 Policiais Federais e 55 Auditores Fiscais do Ministério do Trabalho nos Estados de Minas Gerais, São Paulo e Bahia.

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