Projeto usa sacolas plásticas e bagaço de cana para produzir placas de MDF

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As sacolas plásticas são materiais que levariam centenas de anos para se decomporem no meio ambiente. 

Um projeto inédito de mestrado  feito mestrado em Engenharia de Biomateriais na Universidade Federal de Lavras (UFLA), pela estudante Nayra Diniz Nogueira, mostra uma forma inteligente e viável de reeproveitar resíduos de sacolas plásticas e de bagaço de cana para produzir placas MDP (Medium Density Fiberboard). O aproveitamento de resíduos é uma das soluções sustentáveis que diminuem o impacto ambiental de materiais.

O bagaço de cana, por exemplo, ainda é um resíduo mal aproveitado no País. Na indústria sucroalcooleira, apenas parte do bagaço é queimado nas caldeiras, gerando energia elétrica que é utilizada pela própria usina.

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Mais do que um projeto de mestrado, os MDFs produzidos a partir de material reaproveitado são totalmente viáveis comercialmente. “O grande desafio é inserir esse produto no mercado em razão do preconceito, quando se pensa na biodegradação do produto, mas todos os testes que foram feitos provam que esse processo não ocorre neste painel”, explica Rafael Farinassi Mendes, professor do Departamento de Engenharia (DEG), que  garante que os painéis podem ser comercializados.

Além da questão ambiental, neste projeto o objetivo foi suprir a necessidade de matéria-prima na indústria de móveis, com a produção das placas de MDP de bagaço de cana proveniente de uma cachaçaria de Lavras e um polietileno de alta densidade proveniente de uma indústria de Divinópolis. O resultado foi um produto novo, com propriedades diferenciadas em um processo simples e de baixo custo.

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