Trabalhadores em situação de trabalho análogo à escravidão são resgatados no Sul de Minas

Publicidade

Os trabalhadores resgatados em situação de trabalho análogo à escravidão vieram do interior da Bahia para trabalhar em uma fazenda de café.

A Subsecretaria de Inspeção do Trabalho, durante a inspeção na propriedade rural de Santa Rita do Sapucaí, regatou dez trabalhadores em situação de trabalho análogo à escravidão. Nenhum deles tinham qualquer registro trabalhista por parte do empregador. 

Eles viajaram quase 1.400 quilômetros, com recursos próprios, entre o município de Caetanos, na Bahia, e Santa Rita do Sapucaí, para trabalhar na fazenda de café.

Publicidade

Quando chegaram foram obrigados a viver em moradias sem armários ou mobiliários para guardar alimentos e pertences pessoais, com condições precárias de higiene. Além disso, nas casas eles ainda dividiam o espaço com bombas de combustível, derriçadeiras e máquinas utilizadas na colheita do café. 

Foi ainda constatado que não havia comprovação de que a água consumida pelos trabalhadores fosse potável. Os trabadores também custeavam os Equipamentos de Proteção Individual (E.P.I.) e os alimentos e produtos de higiene, tendo o valor retido do salário, o que se caracteriza como “servidão por dívidas”.

Eles ainda eram transportados sem qualquer segurança em uma carreta acoplada em um trator.

O que aconteceu com os trabalhadores após serem resgatados

Todos os trabalhadores foram imediatamente afastados do trabalho e o fazendeiro notificado pelo órgão. Além das verbas rescisórias (com caráter de rescisão sem justa causa e aviso prévio indenizado), os trabalhadores resgatados receberam o ressarcimento do montante de 80% dos gastos que os trabalhadores tiveram com a compra de alimentos e material para higiene corporal.

Publicidade

O empregador ainda devolveu os gastos com a compra de EPIs, fez o pagamento do aluguel das máquinas que eram de propriedade dos empregados e do combustível usado por eles e que havia sido cobrado deles.

Ressarciu ainda os gastos com gás de cozinha e custeou as passagens para que eles retornassem ao município baiano, pagando também a alimentação deles durante o trajeto. 

Denúncias

A Subsecretaria de Inspeção do Trabalho orienta que denúncia de trabalho análogo ao de escravo devem ser feitas, de forma anônima, no chamado Sistema Ipê, que pode ser acessado clicando aqui.

Veja mais notícias no Varginha Digital

Publicidade

Publicidade