Um ano após tragédia: saiba como está o turismo em Capitólio

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Um ano após a tragédia em Capitólio o movimento turístico voltou praticamente à normalidade.

Neste domingo, 8 de janeiro, a tragédia em Capitólio, quando parte de um rocha um cânion sobre atingir três, deixando dez mortos e 27 feridos completa um ano.

A prefeitura da cidade proibiu a visitação no local no dia seguinte ao acidente. Novos protocolos de segurança foram criados e a região vive o desafio de mostrar que, hoje, os turistas podem frequentar o ponto turístico em segurança, sem medo. A administração municipal garante ter ampliado a fiscalização no lago.

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O que foi feito

Um estudo geológico foi feito e levou a criação de normas, como a proibição da visitação em trechos considerados de maior risco. Foram estabelecidos limites de lanchas em alguns pontos e está proibido que elas se aproximem dos paredões. Todas as áreas permitidas estão delimitadas com boias de sinalização.

Outra mudança, de acordo com a prefeitura, foi a proibição do som nas embarcações, em qualquer volume. A ação foi tomada para tentar evitar vibrações que possam contribuir para o deslocamento de rochas.

Os visitantes tiveram que aumentar os cuidados e, agora, além dos coletes salva-vidas precisam usar capacetes para visitar os cânions.

“Essas ações trouxeram a possibilidade de resgatar a fauna e flora terrestre daquele local, que é um dos mais lindos do mundo. Hoje é possível ver nos cânions o pato mergulhão, que é típico de nossa região, mas está em extinção. O turista que visita Capitólio tem a oportunidade de conhecer ainda mais nossa mineiridade, saborear nossa culinária e ser recebido com todo carinho por aqueles que aqui moram”, diz o prefeito Cristiano Geraldo da Silva.

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Hotéis de Capitólio voltam a ter 90% de ocupação

A visitação aos cânions de Capitólio ficou interrompida até o dia 30 de março de 2022. Durante o período, o prefeito da cidade estimou que os prejuízos chegaram a R$ 20 milhões.

Para tentar reduzir os impactos econômicos a prefeitura e o governo de Minas lançaram o plano “Reviva Capitólio – Viva o Mar de Minas”, com investimentos e estudos para aumentar a segurança no lago e voltar a atrair turistas, inseguros após a tragédia.

De acordo com o governo mineiro, R$ 5 milhões foram investidos pelo poder público e parceiros privados para desenvolver 80 ações de segurança e impulsionamento do turismo para a região. 

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O plano de recuperação, encabeçado pelo executivo estadual, tinha como objetivo diversificar as opções de turismo no Lago de Furnas e mostrar que, apesar das limitações necessárias ao turismo nos cânions, a região conta com outros atrativos.

“O projeto usa todos os segmentos turísticos, não só o náutico, mas o de aventura, ecoturismo, o cicloturismo. Nossa região tem uma potencialidade grande para explorar esses novos segmentos. Então esse projeto trouxe força para direcionar e potencializar esses caminhos. É uma conquista para a região nesse momento de recuperação”, pontuou o prefeito de Capitólio no lançamento do plano de revitalização do turismo da região.

Com esse trabalho, um ano após a tragédia, o movimento voltou praticamente à normalidade e, segundo informações do governo de Minas, a rede hoteleira da cidade está com 90% de ocupação.

Investigações

Três meses após o desastre de Capitólio, a Polícia Civil concluiu inquérito policial, apontando que a queda das pedras aconteceu em razão de evento natural, relacionado com o processo de erosão e outros fatores geológicos, comprometendo a sustentação da rocha. No inquérito, as autoridades policiais elencaram sugestões para melhoria da segurança de toda a área, que, segundo o governo de Minas, foram adotadas no plano “Reviva Capitólio”.

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